tag:blogger.com,1999:blog-2417281362344191382.post3229183567719663755..comments2023-07-28T08:13:16.120-07:00Comments on EcosEconomia: Uma proposta para as EurobondsRicardoensehttp://www.blogger.com/profile/02181218102501888222noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-2417281362344191382.post-69181262795620543672013-03-25T13:10:25.066-07:002013-03-25T13:10:25.066-07:00Obrigado pela dica. Certamente será tida em conta....Obrigado pela dica. Certamente será tida em conta.Ricardoensehttps://www.blogger.com/profile/02181218102501888222noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2417281362344191382.post-58578575262926720072013-03-25T13:08:53.884-07:002013-03-25T13:08:53.884-07:00Caro Tiago,
Antes de mais gostaria de agradecer a...Caro Tiago,<br /><br />Antes de mais gostaria de agradecer a sua participação que espero que seja a primeira de muitas. <br />Relativamente às suas críticas gostaria de dizer-lhe que na minha opinião a Alemanha e a França poderiam ganhar com isto, por vários razões:<br /><br />- A taxa de juro do fundo poderia ser bastante atrativa. Repare no caso dos EUA que tem desequilibrios orçamentais graves (alias pior do que a zona euro) e mesmo assim, consegue financiar-se a taxas de juro muito favoráveis (até mais do que a Alemanha). Repare que como referi no post os grandes poupadores líquidos mundiais (fundos de investimento, países como China, entre outros) necessitam de aplicar as suas poupanças. E quais seriam os activos de eleição? Os de dívida pública já que teoricamente tem menor risco (o caso dos EUA é paradigmático). Se reparar também focando-se no mercado cambial, veja que apesar da crise europeia o euro goza de uma taxa de câmbio favorável face ao dólar.O mercado de activos teria assim como principal enfoque EUA e EMU Fund.<br /><br />Quanto ao incentivo massivo, repare que na prática isso aconteceu até 2008 fruto de uma indiferenciação dos mercados sobre dívida alemã e periféricas. O que se fez para suster isso? Intervenção do BCE e criação do mecanismo de estabilização (fundo que se financia no mercado). Ou seja, há já aqui uma certa solidariedade. Dar o passo para os eurobonds seria importante, já que poderia evitar a fuga entre dívidas europeias (o que aconteceu na crise de 2010, com as taxas alemãs a diminuirem, em contraponto com parte das restantes. Contudo, isso também não é benéfico para a economia alemã já que além dos efeitos recessivos sobre a mesma, também representa perdas para os bancos (já que as dívidas periféricas desvalorizaram fortemente). <br /><br />Quanto à questão do moral hazard, penso que actualmente viu-se isso. A criação do Fundo até poderia ajudar a contrapor isso, já que a minha proposta preve um mecanismo diferenciador de taxas de juro entre países, o que poderia ajudar. Para além disso, uma vez que os países não se financiam directamente junto dos mercados, poderia haver maiores condicionalismos à cedência de financiamento, que poderia ser dado em função da adopção de reformas.<br /><br />- Quanto à questão do default e saída de facto não se pode garantir a 100% isso, da mesma maneira que também não se pode garantir actualmente, mas penso que os países dificilmente terão incentivo a isso, tal como agora. A questão da exposição também já se coloca agora.<br /><br />Por fim, considero que de facto a união política seria um ingrediente necessário, contudo a adopção de eurobonds parece-me algo mais realista, pelo menos a curto médio-prazo e um pequeno passo rumo a esse objectivo final.<br /><br />Abraço, <br /><br />RicardoRicardoensehttps://www.blogger.com/profile/02181218102501888222noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2417281362344191382.post-82751760187056553892013-03-25T08:30:44.414-07:002013-03-25T08:30:44.414-07:00Dada a especificidade do assunto, deverias começar...Dada a especificidade do assunto, deverias começar a citar em posts como este, a bibliografia que consultaste. <br />Eu por exemplo vejo aqui diagramas apresentados por economistas como Paul De Grauwe.Nelson Faustinohttp://mathmagicworld.wordpress.comnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2417281362344191382.post-8278444463506046002013-03-25T07:08:29.873-07:002013-03-25T07:08:29.873-07:00Ricardo,
Muitos parabéns pela criação do blog. Qu...Ricardo,<br /><br />Muitos parabéns pela criação do blog. Quanto a este post e a criação de um suposto fundo, entendo que embora o espírito europeu inerente ao mesmo vá de encontro ao que deveria ser o mote da UE, não creio que tal sistema funcionasse por duas razões:<br /><br />- Que incentivo poderão ter Alemanha e França em aderir a este sistema quando se podem financiar a custos mais baixos no mercado? Em realidade creio que só a Alemanha porque os fundamentais de França estão longe de ser ideias e o mercado já deu notas disso. Por outro lado, mesmo que a Alemanha decidisse participar no fundo, o que garante o bom rating e consequentes baixos juros do mesmo? Há que recordar uma notícia da S&P onde dizia que não teria qualquer problema em classificar possíveis eurobonds como "lixo".<br /><br />- Por último, como também referiste, poderá haver um claro incentivo ao endividamento massivo, porque (i) os mecanismos de ajustamento e prevenção tendem a ser tardios na sua reacção e (ii) na presença de um país prevaricador, se este é um dos "grandes", os mecanismos não funcionam pois são esses mesmos país que os controlam (moral hazard, ver caso do PEC quando o défice de França e Alemanha excederam 3% do PIB). Mas assumindo que tudo isto não passa, como garantir que um país sobre endividado não faz simplesmente default e sai do fundo? Tal acontecimento, dependendo da dimensão do país, poderá ter consequências inimagináveis pela exposição que a ele possam ter os outros países.<br /><br />Não obstante, este sistema poderia funcionar. Mas para isso acontecer o controlo teria de ser a priori e não a posteriori, ou seja, através da aprovação a nível europeu dos OE de cada país. De modo similar a politica monetária, igualmente a orçamental deveria ser centralizada. E assim se daria um passo gigante na criação de uma verdadeira federação que actualmente a UE não o é.<br /><br />Um abraço,<br />TiagoTiago Freitasnoreply@blogger.com